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MÁRIO MENDES CAMPOS
( Minas Gerais – Brasil )
( 1894 – 1989 )
Nasceu em Tocantins, então distrito de Ubá, MG.
Iniciou os estudos secundários no Colégio São José, em Ubá e no Colégio Anchieta de Friburgo.
Diplomou-se em Farmácia, em Juiz de Fora, e em Medicina, pela Faculdade de Medicina de Belo Horizonte, tendo sido orador de ambas turmas. Foi livre docente de Patologia Geral, na Faculdade de Medicina da UFMG, e também livre docente de Higiene na Faculdade de Farmácia e catedrático de Patologia Geral da Faculdade de Medicina.
Exerceu vários cargos técnicos na Secretaria da Saúde. Participou do Congresso de Medicina Tropical, realizado em Istambul e de vários congressos médicos no Brasil e no Exterior.
Publicou inúmeros trabalhos científicos e sua atividade literária foi grande com a publicação da seguintes obras: Estalactites (versos 1917), Flâmulas, versos, 1919. Elogio de Francisco Lins (discurso de Posse da Academia Mineira de Letras, 1934), Atenas e as Letras Chilenas (1934), Letras Venezuelanas (1943), Poetas Colombianos (1944). Três Itinerários Líricos na Poesia Colombiana (1964); Rubén Darío e o Modernismo Hispano-Americano (1968), Porfirio Barba Jacob – Poeta da Angústia e da Morte (1969), Castro Alves – Glória e Via Sacra do Gênio (1971).
Pertenceu à Academia Mineira de Letras, à Academia Mineira de Medicina e à Sociedade de Escritores Médicos.
Foi agraciado com a Medalha de Honra da Inconfidência e recebeu o título de Cidadão Honorário de Belo Horizonte e o título de pioneiro de Belo Horizonte.
SANTOS, Diva Ruas. Antologia da Poesia Mineira. Belo Horizonte: Ed. Cuatiara, 1992. 192 p. Capa e montagem Maxs Portes. Editora: Diva Ruas Santos - Apresentação: Alberto Barroca.
Ex. bibl. Antonio Miranda
ESTALACTITES
De gota em gota, como em urna de cristal,
a água que cai da gruta enregelada cresce,
e se solidifica, alastra, e, aos poucos, tece
a estalactite, flor do reino mineral.
E, nesse ambiente frio, a concepção floresce,
e, dia a dia, ganha um rebento floral;
e aumenta, avulta, brilha; ora sobe, ora desce,
no fascinante matiz de uma palheta irial...
Também no coração, que é gruta escura e fria,
o sonho sói tecer um véu de fantasia,
que forma a concreção cristalina do Amor.
E a estalactite d´alma, a rútila miragem
que às vezes nos conduz e transforma a viagem
em plácido vergel a rebentar-se em flor!
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Página publicada em agosto de 2022
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